GOTAS DE DEVOÇÃO



“Estamos correndo
na Rupanuga
Sampradaya, assim não
devemos sair da nossa
trilha para ir ver com a
visão de outros.”

GLOSSÁRIO

GLOSSÁRIO

Nota: a intenção deste Glossário, é de que as pessoas em geral, possam tirar alguma dúvida sobre os termos que encontração nos textos deste Blog. Esse Glossário foi transcrito do Srima Bhagavad-Gita – o Tesouro Oculto do Doce Asbsoluto; de Sua Divina Graça Srila B.R. Sridhar Dev-Goswami Maharaja. Traduzido em português e editado por Sripad Tapasvi Maharaja. Foi acrescentadas algumas linhas em consideração correta. Quando ouvir necessidade nesta página será acrescentados novos termos, ou significados mais elaborados a partir do final do Glossário.

Abhideya – denotação; estágios praticados como meios para se alcançar a devoção
Acharya – preceptor erudito e venerável que ensina pelo seu exemplo
Achintya-bedhabheda-tatvva – axioma da inconcebível simultaneidade da unidade na diferença, proposto exclusivamente pelo Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu, no século XV. Este axioma resume a universalidade do pensamento teísta pleno.
Adhokshaja – o Senhor Supremo situado acima das percepções dos sentidos.
Adhyatmika, adhibhautika e adhidaivika – miséria triplas: misérias psico-fisiológicas, misérias causadas por outra entidades vivas ou misérias destnadas pelos fenômenos naturais ou funções dos semideuses.
Agni – o deus do fogo
Ananya-bhakti – devoção exclusiva, não adulterada por karma, jñana, ioga, etc.
Arianos – pessoas que seguem o ideal teísta e nobre dos Vedas. O termo geralmente, refere-se erroneamente a uma raça histórica que seguiu a cultura védica.
Babaji – a ordem renunciada de adoradores solitários, superior ao sannyasa.
Bhag. - Srimad Bhagavatam
Bhagavam – aspecto pessoal do Absoluto
Bhajana – devoção interna do tipo mais elevado
Bhakti-ioga – conexão com o Senhor Supremo estabelecida pelas práticas devocionais. A mais elevada de todas as iogas.
Bhishma – filho de Santanu, que se tornou o guardião tanto dos Kurus quanto dos Pandavas. Na batalha de Kurukshetra, ele foi o grande general que comnadou o exército dos Kauravas (Kurus).
Brahma (Senhor) – semideus criador do universo e deidade que preside o modo da paixão. Em outra ocasião ele age como Acharya
Brahmachari – estudante celibatário de assuntos espirtuais . (Nota Pessoal), partindo da premissa que um brahmacari assim poderá ser para sempre, e que estudantes pode ser considerado todos os devotos em suma. Mas que também o termo estudante não o classifica estabelecido em um ashram, pode-se concluir também que brahmacari seria; praticante estabelecido no celibato.
Brahmaloka – morada do Senhor Brahma, Satyaloka (ii) o plano não indiferenciado do Brahmam, acima das esfera mundana e abaixo dos planetas espirituais, onde o Senhor é servido em devoção.
Brahmam – aspecto impessoal do Absoluto: espírito.
Brahmana – a classe sacerdotal
B.r.s. - Bhakti-rasamrta-sindhu (Escritura Sagrada)
Buddhi-ioga – conexão com o Senhor por meio da inteligência purificada no processo de bhakti-ioga.
Chaitanya Charitamrita (Sri) – passatempos biográficos e ontologia de Sri Chaitanya Mahaprabhu, compilado por Srila Krishnadasa Kaviraja Goswami
Chandra – o semideus da lua
Dasya – relacionamento de servidão ao Senhor Supremo.
Deuses, semideuses – seres celestiais.
Devaki – mãe de Krishna em Mathura; nos passatempos de Krishna figura como sua mãe verdadeira.
Dhama – morada sagrada do Senhor Supremo.
Dharma – religião, dever, natureza.
Dhyana – meditação.
Draupadi – filha de Drupada e esposa dos Pandavas.
Ekadasi – dia de jejum no décimo primeiro dia depois da lua cheia e da lua nova.
Ghandharva – cantor ou músico celestial.
Gaudiya Sampradaya – sucessão divina de mestres na linha de Sri Chaitanya Mahaprabhu.
Gauranga (Sri) – o dourado Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu.
Gayatri – mantra sagrado cantado pelos brahmanas, um verso védico de métrica perfeita; que encerra e inícia o princípio da criação material; e o Conhecimento Divino mais íntimo e confidencial da Divindade no seu aspecto Bhagavam... Etc.
Goswami – asceta de sentidos controlados.
Govinda (Sri) – o Senhor Krishna: o objetivo dos Vedas, o Senhor das vacas, da Terra e dos sentidos; pastor da vacas.
Grihasta – chefe de família
Guhya-guhyatara-guhyatama – oculto, mais oculto e muito oculto – aplicado ao Bhagavad-Gita, relaciona-se ao Brahmam, Paramatma e Bhagavan respectivamente. Sarva-Guhyatama, a mais oculta de todas as verdades ocultas, refere-se à rendição exclusiva so Senhor Krishna (18.66)
Guna – qualidade, modalidade, modo (da natureza material),corda.
Guru, gurudeva – mestre espiritual.
Hanumam – o mais devotado servidor leal do Senhor Ramachandra (em dasya-rasa)
Hiranyagarbha – o Senhor Brahma
Hladini-shakti – Srimati Radharani, a potência do êxtase divno do Senhor Supremo.
Ikshvaku – rei da dinastia solar e filho de Vaivasvata Manu.
Indra- semideus que ocoupa a posição de rei do plano celestial (dentro das fronteiras do universo mundano).
Ioga – (i)ligar, unir, conectar; (ii) caminho, curso, meio,modo; (iii) ashtanga-yoga; (iv) o caminho de conexão com a Divindadade e que consiste dos estágios: nishkama, karma-ioga, jñana-ioga, dhyana-ioga e bhakti-ioga. Geralmente, a karma-ioga é praticada pelos elevacionistas e jñana-ioga pelos liberalistas. Ambas levam à realização da alma ou à relização do Brahmam, como também o faz a prática da meditação abstrata. Em seu estágio mais elevado, com a introdução da bhakti-ioga, a dhyana-ioga leva à realização do Paramatma. Ao obeter sadhu-sanga e sukriti, o iogue chega a bhakti-ioga que é o estágio mais elevado, desde que somente por meio da bhakti-ioga, pode alcançar a Suprema Personalidade de Deus, Bhagavam, Sri Krishna. Independente de nossa posição na escada da ioga, quando o aspirante chega a bhakti-ioga, imediatamente ultrapassa todos os demais degraus da ioga (ou ainda mesmo que o caminho de bhakti, venha ser seu estágio inicial dentre os diferentes processoa de ioga – ou seja bhakti-ioga é Suprema...). Esta é conclusão perfeita do Srimad-Bhagavad-Gita, do Srimad Bhagavatam, do Sri Chaitanya Charitamrita e de todas as escrituras autorizadas pelo teísmo peleno.
Jaganatha-Puri – cidade sagradaem Orissa, nordeste da Índia, onde o Senhor Krishna é adorado em Sua forma do Senhor Jaganatha, o Senhor do Universo. Ontologicamente idêntica a Dwaraka.
Jiva Goswami (Srila) – um dos grandes apóstolos de Sri Chaitanya Mahaprabhu. Incansalvelmente provou em seus escritos a super-excelência da concepção de Krishna, segundo a autoridade das Escrituras Reveladas.
Jiva, Jivatma – a alma, o ser
Jñana – conhecimento; conhecimento do Brahman; mais especificamente conecimento da onipotente supremacia do Senhor Supremo; ainda mais especificamente: conhecimento que os devotos tem em seu realcionamento divino com o Senhor (sambhandha-jñana).
Jñana-sunya-bhakti – devoção sem cálculos, ou atração pelo Senhor e Seu serviço devido à afinidade e gosto naturais.
Jñana-ioga – método de tentar conectar-se a Divindade por meio do conhecimento. Se não for o sambhandha-jñana completo levará, levará apenas ao monismo.
Jñani – erudito.
Kali-yuga – era de querela, a era atual. A presente era de Kali teve ínicio na 28ª chatur-yuga de Vaivasvata-Manu (há cerca de 5.000 anos). A batalha de Kurukshetra deu-se nessa ocasião.
Karanarnavasayi Vishnu – Karanarnavasayi Vishnu, Maha-Vishnu. Expansão plenária do Senhor Krishna com quatro braços e de cujos poros emanam incontáveis universos.
Karma – ação mundana; boas ou más ações realizadas para o próprio prazer; ação fruitiva; dever moral; a conseuqência dos atos realizados nesta vida ou na vida passada.
Karma-kanda – seção do Vedas que externamente advoga os ritos sacrificiais e cerimoniais que levam à piedade e aos céus.
Karma-ioga – metodo de se tentar conectar com a Divindade enquanto se satisfazem os deveres mundanos, o caminho do dever.
Karmi – trabalhador fruitivo ; religiosos fruitivo; pessoa ativa
Kaunteya – Arjuna o filho de Kunti.
Kauravas – os filhos de Dritarashtra, ou qualquer descendente de Kuru.
Kevala-bhakti – ananya-bhakti
Kirtana – cantar ou narrar as glórias do Senhor.
Krishna (Sri) – o Supremo Senhor Todo-Atraente; a Realidade, o Belo; o Senhor do amor.
Krishna-katha – narrativas transcendentais a respeito de Krishna.
Kshatriya – guerreiro.
Kshetrajña – o conhecedor da esfera da ação: (i) a alma (ii) a Superalma
Kuru – (i) local próximo a Delhi, (ii) os reis da região.
Kurukshetra – uma planície sagrada próxima a Delhi e cenário da grande guerra entre os Kauravas eos Pandavas.
Lila – passatempos divinos.
Loka – planeta; plano de vida.
Madhura (rasa) – a mais elevada forma de relacionamento divino com o Senhor; relacionamento de amante.
Madhusudana – Krishna, o destruidor do demônio Madhu.
Mahabharata – grande escritura que descreve a saga dos Kauravas e dos Pandavas, escrita por Sri Vyasadeva em dezoito parvas ou cantos.
Mantra – cântico sagrado.
Mayapura – região sagrada dentro da cidade de Navadwipa, na Bengala Ocidental, onde se localiza o local sagrado de nascimento do Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu.
Nanda Maharaja – o pai de Krishna em Vrindavana-lila
Narayana – expansão plenária e majestosa de Krishna com quatro braços, adorado com reverência e sob estrita orientação espiritual (vaidhi bhakti).
Navadwipa (Dhama) – a morada sagrada do lila de Sri Chaitanya Mahaprabhu misericordiosamente manifesta neste plano na Bengala Ocidental. (Pronuncia-se 'Navaduipa').
Nimai – nome de Sri Chaitanya Mahaprabhu, devido a ter nascido sob uma árvore nim.
Om, Omkara – representação sonora monossílábica da Verdade Absoluta.
Pañcha, maha-yajña – os cinco tipo de sacrif´cios diários realizados pelos brahmanas conforme mencionado no Manusamhita: (i) Brahma-yajña – estudo dos Vedas; (ii) Priti-yajña – oblações oferecidas aos ancestrais; (iii) Deva-yajña – oferenda de manteiga clarificada aos deuses atráves do sacrífício védico do fogo; (iv) Bhuta-yajña – oferenda de alimentaos a outros seres vivos; (v) Nr-yajña – oferecer honra aos convidados.
Pañcha-suna – cinco tipo de atividades pecaminosas cometidas num lar ao inadvetidamente matar seres por meio de: (i) cozinhar; (ii) moer (especiarias, etc); (iii) varrer (limpar); (iv) debulhar grãos e (v) lavar.
Pandavas – os filhos de Pandu: Yudhishtira, Bhima, Arjuna, Nakula e Sahadeva.
Parabrahman – o Senhor Supreno, superior ao Brahman.
Paramatma – Kshirodakasayi Vishnu, o aspecto do Senhor Supremo presente nos corações de todas as entidades vivas.
Parasurama – encarnação do Senhor Supremo que castigou os kshatriyas com Seu machado.
Patanjala – o sistema de ioga proposto por Patanjali
Prayojana – meta
Prema – amor divino por Krishna.
Prema-bhakti – serviço devocional realizado por amor.
Prita – Kunti
Radharani (Srimati) – a Suprema Contraparte Predominada, sendo o Senhor Krishna a Suprema contraparte Predominadora.
Raga-marga – o caminho do amor divino; a devoção acima das injunções escriturais.
Rajo-guna – o modo material da paixão.
Rasa-lila – dança divina do amor, entre o Senhor Krishna e as Gopis de Vrindavana.
Rishis – grandes sábios divinos e videntes da concepão védica.
Rupa Goswami (Srila) – associado eterno de Sri Chaitanya Mahaprabhu, reconhecido na Gaudiya Sampradaya como o acharya do princípio de abhideya.
Sacidevi (Srimati) – a mãe divina do Senhor Chaitanya Mahaprabhu.
Sadhana – prática por meio da qual se pode alcançar uma meta almejada.
Sadhu-sanga – associação devocional de santos genuínos, sem a qual não se pode entrar no camionho da devoção pura.
Sakhya (rasa) – amizade divina com o Senhor.
Sanjaya – o quadrigário de Dhritarashtra.
Sankhya – conhecimento que revela a natureza da alma; as escrituras Vedanta que educam sobre a verdade essencial.
Sankirtana – canto congregacional do Santo Nome do Senhor Krishna.
Sannyasa – renúncia.
Sannyasi – renunciante
Santa (rasa) – tranquilidade divina.
Sattva-guna – modo da bondade – principal entre os modos da natureza material.
Satyaloka – o planeta do Senhor Brahma.
Shiva (Senhor) – semideus do modo da ignorãncia e da destruição universal.
Smaranam - lembrança devocional do Senhor.
Smriti – escritura da lei religiosa, encabeçada pelo Manu-smriti ou Manu-samhita .
Sraddha – fé devocional.
Sravanam – ouvir devocionalmente as glórias do Senhor.
Srimad Bhagavatam (Maha-purana) – grande escritura plenamente téista – trata-se do comentário feito pelo próprio Srila Vyasadeva sobre o vedanta.
Sruti – os Vedas.
Sudra – trabalhador.
Sukriti – mérito devocional acumulado com consciência (jñata) ou sem consciência (ajñata); pré requisito para obeter sraddha.
Syamasundara – o Senhor Krishna de características humanas encantadoras e belas e cujo corpo tem o suave matiz escuro de uma nuvem carregada de chuva.
Tamo-guna – o modo material da ignorância.
Upanishads – seção dos Vedas (considerada como sua jóia principal) que apresenta o conehcimento do Espírito Supremo; Vedanta.
Vaikuntha – planetas do mundo espiritual (transcendentais aos planetas celestiais, ao Viraja e ao Brahmaloka). Nos planetas Vaikuntha, o Senhor é adorado em Suas expansões de Narayana de quatro braços com respeito e veneração.
Vaishnava – o devoto do Senhor Supremo.
Vaisya – fazendeiro, comerciante.
Vaitarani – rio do inferno ou rio da morte. Aqueles que estão destinados a sofrer no inferno caem primeiramente neste rio.
Vanaprasta – a ordem de vida aposentada, aceita após a vida matrimonial.
Varnashrama (daiva) – sistema sócio-religioso centrado em Deus que consiste de quatro varnas (brahmana, kshatriya, vaisya e sudra) e quatro ashramas (brahmacarya, grihasthya, vanaprastha e sannyasa). Quando o sistema se perverte pelas tendências ateístas é conhecido como asura-varnashrama.
Varuna – semideus do oceano e da região ocidental.
Vasudeva – pai do Senhor Sri Krishna quando ele aparece em Mathura.
Vasudeva – Krishna como o filho de Vasudeva.
Vatsalya (rasa) – parentesco divino com o Senhor.
Veda – (i) conhecimento (ii) as escrituras sagradas (Rig, Yajur, Sama, Atharva Vedas) que emanaram diretamente do Senhor Supremo e que ensinam religião e conehcimento sobre o Espírito Supremo.
Vedanta – a conclusão dos Vedas; os Upanishads.
Vedanta-sutra – os aforismos da filosofia Vedanta compilado por Srila Vyasadeva.
Vedavyasa – o grandioso e eterno sábio empoderado pelo Senhor Supremo para compilar os Vedas, Puranas, Mahabharata, Vedanta-Sutra, Srimad Bahgavata, etc.
Vibhuti – (i) onipotência, majestade, dignidade, poder; (ii) expansão (iii) grandes riquezas, tesouro.
Vijñana – ciência; conhecimento vivenciado; percepção divina super-excelente.
Viraja – rio da passividade logo acima da agitação material e logo abaixo do Brahman.
Vishnu – o Senhor Supremo onipenetrante – (i) as expansões plenárias de quatro braços do Senhor Krishna que presidem cada um dos inúmeros planetas Vaikuntha situados no Mundo Espiritual, acima do Brahman impessoal: (ii) Karanarnavasayi Vishnu ou Maha-Vishnu; (iii) Garbhodakasayi Vishnu, que se expande de Maha-Vishnu e entra em cada universo; (iv) Kshirodakasayi Vishnu, que se expande de Garbhodakasayi Vishnu e entra nos corações de cada ser vivo como a Superalma e mantém o universo por meio do modo da baondade.
Vraja, Vrindavana (Dhama) – a morada suprema do Senhor Sri Krishna. A morada suprema na região divina, conhecida como Goloka Vrindavana e que se situa logo acima dos planetas Vaikuntha; manifesta-se neste plano como (Gokula) Vrindavana no distrito de Mathura, no estado de Uttar Pradesh, ao norte da Índia.
Vyasadeva – Vedavyasa.
Yasoda – mãe do Senhor \Krishna em Vrindavana-lila.
Yoga-maya – a potência interna ou a doce vontade do Senhor Supremo.
Yudhishthira – o mais velho entre os Pandavas e herdeiro natural do trono; tornou-se o rei a pós a derrota dos Kauravas na batalha de Kurukshetra.
Yuga – uma era do mundo. As quatro yugas são: Krita ou Satya, Tetra, Dvapara e Kali, sendo que cada uam dura respectivemente: 1.728.000, 1.296.000, 864.000 e 432.000 anos. São ainda conhecidas como a a era de ouro, a era de prata, a era de cobre e a era de ferro, no que se refere à correspondente deteriorização moral e religiosa. As quatro yugas compõem uma chaturyuga.
Yukta-vairagya – abnegação interna ou renúncia em devoção – desapego automático do mundano, obtida pelo devoto que se ocupa no serviço a Hrishikesa, o Senhor dos sentidos de todos os seres vivos.

Será configurado melhor em breve.

ARCHANA-VIGRAHA

Adoração de Srimurti



________________________

Srila Bhaktivinod Thakur
______________________
Há aqueles que se alarmam diante da teoria da adoração de Srimurti. "Oh", dizem eles, "é idolatria adorar Srimurti! Srimurti é um ídolo emoldurado por um artista e introduzido por ninguém mais do que o próprio Belzebu. Adorar tal objeto despertará o ciúme de Deus e limita Sua onipotência, onisciência e onipresença!"

Nós diríamos a eles: Irmãos, candidamente compreendam a questão e não permitam que dogmas sectários os desorientem. Deus não é ciumento, já que Ele é uno e sem igual. Belzebu ou Satã nada mais são do que objetos da imaginação ou assunto de uma alegoria. Não se deve permitir que um ser alegórico ou imaginário aja como um obstáculo a bhakti (devoção).

Aqueles que acreditam que Deus é impessoal, simplesmente identificam-nO com algum poder ou atributo da Natureza, ainda que, de fato, Ele se encontra acima da Natureza, de suas leis e regras. Sua doce vontade é a lei, e será um sacrilégio confinar Sua excelência ilimitada identificando-O a tais atributos como onipotência, onipresença e onisciência –atributos esses que podem existir em objetos criados tais como o tempo e o espaço etc. Sua excelência consiste de existir nEle poderes mutuamente contraditórios e atributos governados por Seu Ser sobrenatural. Ele é idêntico à Sua personalidade toda-bela, possuindo tais poderes como onipresença, onisciênica e onipotência como não podem ser encontrados em nenhum outro lugar. Sua personalidade sagrada e perfeita existe em toda sua plenitude e eternamente tanto no mundo espiritual e ao mesmo tempo em cada objeto e local criados. Esta idéia ultrapassa todas as demais ideias da Deidade.

Mahaprabhu também rejeita a idolatria, mas considera a adoração de Srimurti como sendo o único meio excepcional de cultura espiritual. Foi mostrado que Deus é pessoa e todo-belo. Sábios como Vyasa e outros viram essa beleza com os olhos de suas almas e nos deixaram descrições. É claro que a palavra carrega consigo a densidade da matéria. Mas a Verdade é ainda perceptível nessas descrições. Conforme essas descrições, a pessoa representa pictoreamente uma Srimurti e com prazer intenso vê o grandioso Deus de nosso coração lá! Irmãos, isso é errado ou pecaminoso?

Aqueles que afirmam que Deus não possui forma material nem espiritual e mais uma vez imaginam uma forma falsa de adoração são certamente idólatras. Mas aqueles que, vendo a forma espiritual da Deidade com os olhos de suas almas, carregam essa impressão na medida do possível até a mente e então emolduram um emblema para a satisfação dos olhos materiais, tudo destinado ao estudo contínuo de um sentimento superior, não são de modo algum idólatras.Enquanto olham para uma Srimurti sequer percebem a própria imagem mas enchergam o modelo espirtual da imagem e são teístas puros.

Idolatria e adoração de Srimurti são duas coisas distintas, mas, meus irmãos, vocês simplesmente confundem uma pela outra devido à sua precipitação. Para dizer-lhes a verdade, a adoração de Srimurti é a única forma verdadeira de adoração da Deidade, sem a qual você não pode cultivar o bastante seus sentimentos religiosos. O mundo atrai você através de seus sentidos e, enquanto você não vir a Deus nos objetos de seus sentidos, você viverá numa posição embaraçosa que em muito pouco ajuda você a garantir sua elevação espiritual.

Ponha uma Srimurti em sua casa. Pense que o Deus todopoderoso é o guardião da casa, a comida que você aceita é a Sua prasada, e as flores e perfumes também são Sua prasada. Os olhos, nariz, tato e língua, todos têm uma cultura espiritual. Você o faz com um coração sagrado, e Deus saberá isso e julgará você por sua sinceridade. Satã e Belzebu nada terão a ver com você nesse assunto! Todos os tipos de adoração baseiam-se no princípio de Srimurti.

Examine a história da religião e você alcançará essa nobre verdade. A idéia semítica do Deus patriarcal, tanto no período pré-cristão do judaismo como no período pós-cristão do maometanismo, nada mais é do que uma idéia limitada de Srimurti. A idéia monárquica de um Júpiter entre os gregos e de um Indra entre os karmakandis arianos também formam uma visão diferente do mesmo princípio. A idéia de uma força e do Jyotirmaya brahma dos meditadores e de uma energia sem forma dos shaktas também é uma visão tímida de Srimurti. De fato, o princípio de Srimurti é a própria Verdade exibida de modo diferente por pessoas diferentes de acordo a suas diferentes fases de pensamento. Até mesmo Jaimini e Comte que não estão preparados para aceitar um Deus criador prescreveram certas fases de Srimurti, simplesmente por terem sido impelidos por alguma ação interna da alma! Assim, mais uma vez encontramos pessoas que adotaram a cruz, a shalagram shila,
a lingam e emblemas desse tipo como indicadores
das idéias interiorizadas de Srimurti.

E mais, se a compaixão, o amor e a justica Divinas podem ser retratados por um lápis e expressadas pelo cinzel, por que não o seria a beleza pessoal da Deidade abrangendo todos os demais atributos retratados na poesia ou numa imagem expressa pelo cinzel para o benefício do homem? Se palavras podem impressionar pensamentos, se o relógio pode indicar o tempo, e sinais podem nos contar uma história, por que uma imagem ou figura não poderiam produzir associações de pensamentos e sentimentos mais elevados com respeito à beleza transcendental do Personagem divino?
_________________________________________

(Extraído do livro Chaitanya Mahaprabhu's Life and Precepts de Srila Bhaktivinod Thakur, em sua edição do 'Guardian of Devotion', edição de 1986.)

VAISHNAVA DARSHAN EM ARARAQUARA COM SRIPAD TRIVIKRAM MAHARAJA

ARARAQUARA 10 DE OUTUBRO 2010
SAT-SANGA COM SRIPAD B.V. TRIVIKRAM MAHRAJA.

Eu cheguei nesta manhã de Ribierão Preto lá... Onde se reuniriam os devotos e amigos, para apreciarem a Palestra de Sripad Trivikram Maharaja. No local estava Yamuna dd., que com certa surpresa do meu surgimento, me recebeu muito bem; como ótima anfitriã.
Tive que conter um pouco a emoção quando Maharaja chegou; haja vista que sempre me sinto devedor em seu serviço; ele foi muito afetuoso comigo inclusive, ressaltando à assembléia a satisfação de eu estar ali, etc... Eu me sinto suspeito pra falar, pois, eu gosto muito de ouvir Trivikram Maharaja, suas palavras me inspiram, me 'puxam a orelha'- despertando minha existência de não serviço, para uma existência de serviço... Além do mais, seu estilo de prédica, com enfâse verdade e emoção, são sempre como bálsamos...
Sua palestra teve uma parte, em que se referiu da realidade mundana, em comparação com a Realidade Suprema, dada por nossos Mestres-Acharyas... Fez-se uma alusão de como os conceitos estão equivocados hoje, falando no sentido de castidade, e proteção da mulher... É lógico que isto é uma premissa. E nem define as palavras faladas; certamente; por ele. Ele falou também que gosta de Araraquara... E de como todos os presentes e quem mais pudesse se integrar, ajudarem Madhusudan Prabhu e Yamuna dd., participando dos encontros e de outras várias formas... E destacou que o nome institucional “Sri Chaitanya Sridhar Govinda Ashram”, para Araraquara, continua figurando, sendo esta a comunidade local, dos quais Yamuna dd e Madhusudan Prabhu, tentam manter com todo seu empenho...
Um ponto muito bonito – e íntimo entre os devotos – foi destacado, ao explicar sobre Sri Gauranga Sundar Mahaprabhu; como sendo a junção da Metade Predominadora e da Metade Predominada; ou seja; Sri Krishna e Sri Radha respectivamente. Ele colocou isso de uma forma muito poética; no entanto nada simbólica. Sendo como expressão da verdade. Sriman Mahaprabhu, sendo o próprio Krishna, revestido da tez dourada de Sri Radha, e também de seus sentimentos internos...

Jaya Madhusudan Prabhu e Yamuna Priya DD. - os anfitriões.
Jaya Sripad Bhakti Vijay Trivikram Maharaja – que de uma posição exaltada - não porque nós damos a ele; mas porque ela vem dos Agentes Superiores – ele em sua simplicidade natural, nos brinda com sua audiência, e a mim pessoalmente, com sua paciência e amizade.

GOTAS DE NECTAR - Religião do Coração

 TUDO ESTÁ DENTRO DE NÓS


Muitos diferentes tipos de atividades estão sendo levadas a cabo no mundo ocidental, e está influência está entrando na cultura védica, mas o que podemos fazer? Kali é o mestre desta era. Neste momento, ele é o guardião. Evitar influências de Kali é muito difícil, mas aqueles que são conscientes de Krishna devem tentar prosseguir sob o abrigo da consciência de Krishna. Dessa maneira, nenhuma influência externa virá.
Um exemplo é que todos comem, mas aquele que é consciente de Krishna não come. O que você pensa sobre isso? Estaria ele jejuando? Não, ele aceita maha-prasadam. Primeiro ele oferece a comida ao Senhor Krishna e só então aceita os remanentes dessa prasadam. Assim ele não sofrerá as reações.

Krishna diz no Bhagavad-Gita (3.13):

yajña-sishtasinah santo, muchyante sarva-kilbishaih
bhuñjate te tv agham papa, ye pachanty atma-karanat

“Qualquer pessoa que cozinhe para si mesma come apenas pecado, mas quando essa pessoa prepara comida para o Senhor e a oferece a Ele, essa comida se torna transcendental porque o próprio Senhor é transcendental”
Os remanentes da prasada nos dão força espiritual e vida. Tudo está dentro de você, mas você precisa ser consciente de Krishna.

PROPRIEDADE VALIOSA

Ao termos um corpo físico teremos problemas, problemas físicos, mas tudo será valioso se pudermos usar de modo apropriado.
Narotham Das Thakur disse: karmapane krodha bhaktidvesi jane, lobha sadhu-sanga hari katha (Sri Prema-bhakti-chandrika). Podemos usar tudo para a consciência de Krishna, mas devemos usar sabiamente o que se encontra dentro de nós.
Esse é o significado das quatro diretrizes dadas por Prabhupada. Mas o sloka acima – akrishtih krta-chetasam sumanasam uchchatanam chamhasam – não nos deverá entusiasmar a quebrar as regras ou fazer tudo e qualquer coisa como bem entendemos.
Estamos obtendo a consciência de Krishna da forma mais barata. Por causa disso, não podemos entender o que estamos adquirindo ou o que estamos perdendo. Se você paga mil dólares por um dia, pensará que este dia é muito valioso, mas se você consegue a coisa a um custo muito barato, como entenderá o valor apropriado? Você oferece uma flor aos pés de lótus de Krishna ou de Gurudeva e depois joga fora. Talvez o local onde você jogou a flor não seja auspicioso, mas mesmo assim, você a jogou.
Se ajustamos os sentidos de modo adequado para o nosso benefício espiritual, tudo pode produzir propriedade espiritual – sabda, sparsa, rupa, rasa, gandha: experiências por meio do som, tato, visão, paladar e olfato podem trazer bons resultados.

(do livro Religião do Coração – Srila B.S. Govinda Dev-Goswami Maharaja – {cap. 4}
traduzido para o português por Sripad B.V. Trivikram Maharaja, de uma compilação e edição de Sripad Bhakti Premik Siddhanti Maharaja)

SRIPAD B.V. TAPASVI MAHARAJA - UM PROTETOR ATENTO!



UM PEQUENO PARECER.

Bem; escrevia algo sobre Sripad Tapasvi Maharaja. De como o conheci em novembro de 1997, e que atráves dele obtive um rumo seguro para me iniciar com Srila Govinda Maharaja no ano seguinte... Falava outras coisas, de como adquiri 3 livros dele que tenho até hoje; O Servo Divino, A Dignidade do Servo Divino e o Pensamento Vaishnava (dele mesmo); que supreendido me perguntou:”você quer levar o meu livro” e eu respondi: “porque não, me parece que aqui tem vários pontos que gostaria de compreender melhor”. Bem iria falar muitas coisas; de como ele me protegeu de amizades sahajiyas, de como ele me ajudou em tantas indecisões, de como traduziu para mim, escrevendo entusiasta para Gurudeva, para o que veio e virá a se tornar o Sri Chaitanya Saraswat – Sankirttan Viageiro. Nossa, quantas vezes ele me deu abrigo e atenção em sua própria casa, junto com sua amada família; Srimati Govinda Mohini dd. e Nimai Sundar Prabhu. Só Krishna e talvez Srimati Govinda Mohini sabe o que aconteceu ali; e que no fim como foi salutar pra minha vida espiritual, poder ter sido íntimo de Sripad Taspasvi Maharaja por tanto tempo...


Mas agora, tardiamente vi a notícia de sua partida deste mundo; por não ter conexão de internet em casa... Vi no dia 25 ou 26 de agosto que ele havia partido no dia 18 do mesmo mês. Uma tristeza. Entendendo que ele como um vaishnava estaria certamente servindo seus Mestres Divinos, nesse sentido queremos seu bem... Minha tristeza é por me sentir um devedor contumaz de sua misericordiosa conduta comigo. Em maio de 2006 eu estive no Prema, ele me fez cantar a canção para Srila Govinda Maharaja, almocei por lá e falamos um pouco... Este foi o último dia em que nos vimos. De uma forma ou outra sempre me senti apreciado por ele; mesmo quando aparentemente ele poderia ter desistido de mim. Muitas vezes ele traduziu cartas minhas para Sri Gurudeva, tendo traduzido a primeira inclusive na sua casa em janeiro de 99; entusiamado com a idéia do SCS – Sankirttan Viageiro (como já mencionado acima)...

Com o até então Sripad Bhuvana Mohan Prabhu; nas oportunidades que reside ou me hospedei em sua casa; tive indescritiveis aprendizados conceituais do Teísmo Pleno de Sriman Mahaprabhu. Ele sempre explicava tudo com muito entusiasmo e eloquencia natural sentindo êxtase espiritual; falando da consciência de Krishna;   e também sempre me advertindo sobre os cuidados que deveria tomar... Li em alguns dias, todo o texto em português do seu Sri Chaitanya Caritamrita, me atendo em alguns versos originais e significados quando necessário, em sua casa sobre o seu abrigo em circunstância especial.... Eu sempre senti dele um apreço de um filho, embora eu sinto que lhe devi serviço adequado; e sempre me senti seu ofensor em tantas coisas; não tendo eu controle da maioria das ofensas... Mas sempre levei em conta seus conselhos salutares, que hoje venho aplicando com muito cuidado. Sripad Bhakti Vilas Tapasvi Maharaja, a mim traduz a figura do guardião dos devotos, do fiel servidor de Mestres autenticos e fidedignos, um devoto inigualável na força e beleza das palavras, um amigo na função de pai (que jamais experimentei em nenhuma pessoa neste mundo) e uma sobriedade e dedicação sem parametros ou com um parametro único...

Gostaria de prestar minhas respeitáveis reverências – repetidas vezes – a Sripad Bhakti Vilas Tapasvi Maharaja; bom com um e com todos; e especial guardião daqueles que desejaram e desejam servir a Srila Acharyya Maharaja, Srila Govinda Maharaja e Srila Guru Maharaja; e a Missão deles; o Sri Chaitanya Saraswat Math. Que Sripad Tapasvi Maharaja, vendo de cima meus sufocos e transtornos; ao menos mantenha em mim a chama do ideal verdadeiro na linha de Sri Rupa, intercedendo a meu favor junto a Srila Govinda Maharaja e Srila Guru Maharaja e também Srila A.C. Bhaktivedanta Swami Maharaja. Todas as glórias e minhas reverências repetidas vezes, a Sripad Bhakti Vilas Tapasvi Maharaja; cuja simples lembrança sincera dele; nos reflete no exemplo a ser seguido em conduta e devoção. Que também possa me perdoar...

Jay Sripad Tapasvi Maharaja, a sobriedade e o caráter benevolente do que é o Vaishnava!!!