A REALIDADE...

AUTOCRATA, DÉSPOTA E MENTIROSO
Deus não é um rei constitucional, mas Ele é um autocrata.
Trabalhar para um autocrata é a posição mais elevada de sacrifício.
Que grau de abnegação e coragem é necessário para
trabalhar para um autocrata, um déspota, um mentiroso que
está acima de tudo? Não apenas isto, Sua posição normal é esta.
Não se trata de um temperamento temporário, mas de Sua
eterna natureza inferior.
Krishna é um autocrata porque a lei emana dEle. Um
autocrata está acima da lei. Quando há muitos, há necessidade
de lei; quando há apenas um, não há necessidade de lei. Krishna
é um déspota, mas Ele é o bem absoluto. Se houver algum
impedimento ao Seu despotismo, o mundo será o perdedor. A
bondade deve ter o Seu pleno fluxo. Isto é mau? Pode haver
alguma objeção a isto? A bondade deve ter Sua liberdade de
fluir para toda e qualquer parte. Se dizemos que Deus é o bem
absoluto, então o que perdemos ao dar autocracia a Ele? Deve a
autocracia estar com os ignorantes e tolos? Não. O bem absoluto
deve ter plena autocracia. Não é que a lei atará Suas mãos.
Assim seremos perdedores. Krishna é um mentiroso, para nos
persuadir, porque não podemos entender toda a verdade. Então,
para nos instigar a gradualmente chegarmos à verdade, Ele se
tornou um mentiroso.
A primeira coisa a entender é que Ele é todo-bondade;
assim, tudo que emana dEle não pode ser nada além de bom.
Qualquer defeito vem da nossa parte. Somos usurpadores. Ele
não é um usurpador. Mas Ele mostra isso como Sua brincadeira,
lÈla. Tudo pertence a Ele, assim não há falsidade. Quando Ele
diz, “Haja luz”, há luz: “Haja água”, há água. Se Ele tem tal
poder potencial, pode existir alguma falsidade nEle?
Temos de nos sacrificar por Krishna, porque Ele é o bem absoluto
e beleza e amor. Fé e ausência de egoísmo são necessários
em um grau muito elevado. Se aceitamos a consciência de
Krishna como nosso ideal mais elevado, então é necessário muito
sacrifício, mas sacrifício significa vida: “Morrer para Viver.”
Não há perda por causa do sacrifício. Ao nos doarmos, podemos
apenas ganhar.
Assim, kirtana, ou pregação, é aceito como o meio para o
fim. Existem muitos meios pelos quais podemos nos aproximar
das almas deste mundo com kirtana: através da aproximação
direta, através de livros e executando sankirtana, o canto
congregacional do Santo Nome. Ajudando os outros ajudamos
a nós mesmos: nossa própria fortuna e nossa própria fé. Não
apenas outros se beneficiarão com a prática de kirtana, mas
também nos beneficiaremos eternamente.


Jaya Sua Divina Graça Srila B.R. Sridhar Dev-Goswami Maharaja







Nota do Editor do blog: Apesar de no momento minha propensão é maior ao bhajana (devido minha própria conclusão interna), quero que o verdadeiro sankirttan, imbuído de um preceito de subjetividade no Amor por Sri Govinda Maharaja, Gauranda Sundar e Radha-Govinda seja sempre vitorioso...

Evolução Subjetiva da Consciência- A Brincadeira do Doce Absoluto

O Bhagavad- Gita Subjetivo

A posição de Krishna é absoluta. E Ele desfruta mais da posição daqueles que podem contrariar tudo por Ele. E Ele inspira seus devotos, internamente, com essa mensagem: “Externamente você tem que cumprir as demandas sociais e escriturais. Mas, Minha posição está acima de que quer que lhe mande fazer as leis sociais e escriturais. Eu estou acima dos Vedas e tudo mais. Os Vedas são Minhas instruções para as pessoas em geral. Suas instruções destinam-se aqueles que estão desviados de Mim. A sociedade também está sob a orientação dessas instruções, que foram dados aos decaídos. Mas, Minha conexão com tudo é intrínseca. Independente das leis da escritura e da sociedade. Não preciso do reconhecimento de ninguém. Minha conexão com tudo é a constante de todas as equações. Nunca pode evitada. Dessa forma você deve negligenciar todas as exigências de suas prévias conexões de vida e vir a Mim. Você não está livre para fazer outra coisa. Quando sua natureza devocional surgir e exigir que você venha a Mim, você não estará livre. Seu coração terá que vir em Minha direção.”
Isto é upapati, devoção de amante. A devoção de Vrindavana, vrindavana bhajana, significa devoção de amante: yena mam upayanti te. Então, Krishna diz aqui que àqueles que são ramanti, que sente inclinados a entrar numa conexão conjugal com Ele do tipo marido-mulher, Ele concede algum tipo especial de sentimento e inspiração, dentro de seus corações, e deverão vir a Ele como upapati, como amantes. Neste ponto, Krishna está, de fato, dizendo: “Está devoção de amante é tão magnífica que contraria as regras tanto sociais quanto escriturais. Independente de tudo. Conexão a Mim é independente de tudo o que você possa conceber. É muito natural e inata. Não requer nenhuma aprovação escritural ou social. Você pode viver na sociedade mostrando respeito formal pelas convenções sociais e escriturais, mas no âmago de teu coração você é Meu-Minha. Isto é yena mam upayanti te, a instrução especial ou natureza, ou intuição, que Eu dou a estes devotos.”
Em outras palavras, estas pessoas devotas não pernitem que um segundo esposo, ou pati, se interponha entre elas e Krishna. Não podem tolerar a intromissão de qualquer outra coisa, mesmo que envolva leis sociais ou regulamentação escritural. Sua posição é tão elevada que todos os Vedas buscam por esta ideia, está posição divina.
Ainda que a mais exaltada devoção das gopis é, apenas, insinuada nos Vedas, eu posso agora compreender sua mais exaltada posição. Ó, quando deverei nascer como uma plantinha de Vrindavana para poder tomar a poeira dos pés de lótus das gopis sobre minha cabeça? Essas grandes almas abandonaram sociedade, amizade, amor, seus parentes e até mesmo os princípios Védicos, para abrigar-se nos sagrados pés de lótus de Krishna.”
Aqui, deve-se mencionar uma coisa: parakiya-bhava tem aplicação mais ampla. Não significa, apenas devoção de amantes. Este sentimento de contrariar regras sociais e escriturais por uma relação “proibida” encontra-se não apenas em madhurya-rasa ou relação conjugal. Parakiya, literalmente, significa “pertencendo ao outro”. Vatsalya-rasa, o afeto paternal, e sakhya-rasa, amizade também estão infundidos com os sentimentos de parakiya . Este é o método de amor para aqueles que seguem o raga-marga.

No caso de Yashoda, parakiya toma a seguinte forma: Yashoda diz, “Algumas pessoas afirma que Krishna não é meu filho. Dizem que é filho de Devaki”. Esse sentimento reforça o afeto de seu coração com relação a Krishna, porque então ela pensa, “Eu poderia perdê-lO a qualquer momento”. Essa ideia produz um afeto mais intenso por Krishna.
Mas em madhura-rasa, tem-se que contrariar as diretirzes dos Veda e da sociedade. Tem-se que ir contra estas autoridades, como se aceitasse o risco de pecar. Esta é a característica especial de parakiya em madhura-rasa, onde a intensidade da devoção alcança a condição suprema. Desta forma a inspiração em relação a parakiya (yena mam upayanti te) que Krishna discute aqui, em referência especial àqueles que são ramanti – que estão concectados a Ele numa relação conjugal - encontra-se presente, também, em todos os outros servos de Vrindavana.
...

Iniciações Srila B.V. Trivikram Maharaja - Yatra Rio outubro 2011

      Numa iniciativa de serviço amoroso ao seu Mestre Espiritual - Srila B.V. Trivikram Maharaja - Srimati Atisundari Devi DD., organizou um grande festival no Rio de Janeiro, para as glórias de Sri Guru-Gauranga Sundar, e do Sankirttan - o cantar e/ou o propagar da Consciência de Krishna - baseadoa no ouvir e cantar das glórias da concepção compilada por Rupa Goswami e seus associados; pela ordem do Senhor Supremo Sri Krishna Chaitanya Mahaprabhu (Gauranga Sundar), quem foi o inaugurador do Movimento de Sankirttan há 527 anos atrás, tendo como propósito no seu advento como Krishna, de colocar sua Eterna consorte Sri Radha em Sua posição constitucional, ou seja. da Suprema Deusa, a parte predominada e propulsora do Poder do próprio Krishna... Internamente esse Senhor Gauranga Sundar atuava em Seu coração nos sentimentos de Amor de Radha por Krishna, pois o Senhor neste sentido queria desfrutar do sentimento de Amor que Ela tinha por Ele, e entender como Ele não conseguia reciprocar esse amor; então naquela ocasião de 527 anos atrás decidiu descender como um devoto 'comum'...

Sendo estas as causas principais de Seu advento, Ele deu o Sankirttan, o cantar, dançar, propagar; através do ouvir e cantar as glórias; como a forma mais completa e perfeita para se entender o acesso aos passatempos do Casal Divino, através do processo inicial da aceitação de um Guru - Mestre Espiritual... Seguindo a linha que condensa todo êxtase pelo qual sempre ansiamos; ou seja; Sri Guru-Gauranga-Radha-GovindaSundar...



Aceitando um Guru Genuíno e autêntico a semente da devoção é plantada e a conexão genuína é feita. Depois disso continua a associação com os devotos, sob a orientação de seu Guru, e também em seu serviço, fazendo perguntas pertinentes e não ofensivas... Se o Guru e todo o Guru-varga nos derem as bençãos, poderemos gradualmente chegar a concepção e Sri Gauranga Sundar, que junto com Nityananda Prabhu e seus associados, nos darão acesso irrestrito aos passatempos do Casal Divino...

Este festival foi pessoalmente a mim muito especial, pois apesar de dentro de meu perfeccionismo culinário não ter ficado muito satisfeito comigo mesmo (risos). Todos ficaram felizes. Srila Trivikram Maharaja ficou muito satisfeito, e eu fiquei satisfeito de perceber o coração de Atisundari Devi, pulsar e seus olhos abrirem como uma lótus recém nascida... Parecia que seu estado extático apresentava em seu coração as realizações que Krishna - mesmo - colocou em seu coração-alma... A alegria e êxtase -divinos - eram similares em tantos; em Keshava Priya DD., Sripad Braja Kumar Prabhu, Sripad Rajiv Lochan Prabhu; que tão alegremente e servindo participaram também. Mas duas personalidades, sobretudo, mostraram o desejo de se ingressarem no conhecimento transcendental; não naquele conhecimento que os jñanis desejam; de que de repente descenda todos os versos de todas as escrituras em suas inteligências (risos); pois eu digo se todas as bibliotecas do mundo fossem cheias de livros que se falassem apenas da Suprema Pessoa Divina, e todos os 'teras' do mundo tivessem preenchidos dos mesmos conceitos; isso não triscaria em nada do conhecimento sobre Ele, sendo Ele infinito, e movido sobre sua vontade... Pois tudo que é escrito e papel e e computadores podem ser queimados...

Falo do conhecimento do Amor, aquele que vai brotar e crescer no coração dessas duas; Nalini Sundari Devi DD. e Padma Jay Devi DD.; que agora como tantos antes delas; e tantos que virão; aceitaram o acesso seguro para se chegar até Krishna-Govinda, a semente genuína plantada por um Guru Genuíno. Esse é o acesso. E esse acesso é através do Guru é que nos leva imediatamente a Sri Gauranga, e Eles juntos, nos permitem acessar o Casal Divino, em nosso corações, e nos fazendo entender palavras de Grandes Mestres Paramahmsas como Srila Bhakti Sundar Govinda Maharaja e Srila Bhakti Rakshak Sridhar Dev-Goswami Maharaja...  Ou seja, A Evolução Subjetiva da Consciência - o desenvolver infinito do Amor, da relação da alma com Krishna, onde Ele se manifesta no coração (morada da alma), e com Suas próprias mãos levam a todos para Sua Doce Brincadeira... E mostra que o coração morada de cada alma, é um 'lago' muito mais infinito, do que aqueles que os olhos veem por fora.

Iniciação harinama de Nalini Sundari Devi DD. 01 de outubro de 2011 -Rio


Todas as glórias a Sua Divina Graça Srila Bhakti Sundar Govinda Dev-Goswami Maharaja
Todas as glórias a Srila B. V. Trivikram Maharaja, que seguindo a ordem do primeiro, tem conectado almas sinceras e desejosas de Krishna com muita consciência de serviço e honra a seu Mestre Divino

Todas as glórias ao sankittan que limpa as mentes e os corações e capacita a todos, a alcançar o néctar pelo qual anseiam; o Amor puro à Forma de Todas as Rasas (sabores, doçuras), Sri Krishna - A Realidade, O Belo...

Minhas reverências também a Atisundari Devi DD., ao Cacau e ao Theo, também ao senhor Carlos e D. Luiza que foram os principais anfitriões desse festival... Haveria muitos outros que gostaria de agradecer, mas o texto se prolongaria demais. Por fim minhas saudações e amizade sincera a todas as pessoas, a todos os devotos, a todos os vaishnava, e em especial a todos os discípulos de Sua Santidade Srila Trivikram Maharaja, que quero tê-los como meus melhores amigos, sinceramente e desejosamente falando...


Iniciação de Padma Jay Devi DD. 02 de outubro de 2011 - Yatra Rio

Evidentemente minhas reverências as minhas muito queridas amigas; as novas discípulas de Srila Trivikram Maharaja; Nalini Sundari Devi DD., E Padma Jay Devi DD.

A pergunta foi?...



A pergunta foi? ...
O que é mais importante? No sentido de Deus-Krishna, o Amor, algo assim... O que é mais importante.

RESPOSTA: O mais importante é a Brincadeira... A Brincadeira do Doce Absoluto... A Brincadeira de Krishna. A conversa flui de uma maneira tão bela e inesperada, que um sentimento de êxtase real se apresentou  nos interlocutores, no entendimento das coisas em que se falavam...

A conclusão é: que o Amor mais puro, mais real, mais espontâneo... por Krishna; é aquele em que se pode participar intensamente de Sua Brincadeira; onde a alma se relaciona livremente com Ele em seu coração, e consegue perceber toda a Brincadeira de Govinda em seu coração... Onde o gosto dessa relação, vem mesmo, nesta boca material, e é tão doce, que o doce mais doce deste mundo estragaria esse sabor; de transcendência...

Somente participando da Doce Brincadeira de Deus, é que podemos entender, que Sua Brincadeira é todo o bem e todo o mal... Mas em nossos corações é subir no pé de jabuticaba, e comer frutas nos pés, ordenhar as vacas e correr livre pelos campos. Somente aí poderemos realmente Amar a Deus, e toda Sua brincadeira, que as vezes é pesada como um raio, ou leve como uma pena de pavão...

OS 4 VERSOS PRINCIPAIS DO SRIMAD BHAGAVAD-GITA

Do capítulo 10 - O Grandioso Tesouro - do Srimad Bhagavad-Gita por Sua Divina Graça Sri Srimad Bhakti Rakshak Sridhar Dev-Goswami Maharaja


verso 8
Aham sarvasya prabhavo,
mattah sarvam pravartate
iti matva bhajante mam,
budhah bhava-samanvitah

"Eu Sou Krishna, o Doce Absoluto. eu sou a causa do aspecto onipenetrante e, também seu aspecto pessoal. Sou o mestre de todas as potências, que comanda o respeito de todos: o Senhor Narayana de Vaikuntha. O universo com seu fluxo mundano e divino, todo esforço e movimento, os Vedas e as escrituras coligadas que orientam a adoração de todos - tudo tem início somente em Mim. Vivenciando este tesouro oculto, as almas virtuosas abençoadas por um refinado intelecto teísta, ultrapassam os critérios de dever e não dever, adotam o sublime caminho do amor divino - raga-marga - e adoram-Me para sempre.

verso 9
mach-chitta mad-gata prana,
bodhayantah parasparam
kathayantas cha mam nityam
tushyanti cha ramanti cha

"Esses devoto rendidos aceitam-Me como sua vida e alma, e conversam sobre as ambrosíacas narrativas de Minhas atividades, reciprocando os êxtases da devoção a Mim. Eles constantemente saboreiam o néctar da realização da sua divina associação coMigo, conforme suas respectivas naturezas internas, seja de servo, de amigo, de parente ou de cônjuge."

verso 10
tesham satata yuktanam,
bhajatam priti purvakam
dadami buddhi-yogam tam,
yena mam upayanti te

"Àqueles devotos que, sem cessar se dedicam a Mim, e que, por amor a Mim, se ocupam em Meu serviço, Eu concedo a inteira inspiração divina pela qual podem se aproximar de Mim realizando vários serviços íntimos."

verso 11
tesham evanukampartham,
aham ajñana-jam tamah
nasayamy atma-bhava-stho,
jñana-dipena bhasvata

"Devido a compaixão por eles, Eu, situado no coração de cada entidade viva, elimino a escuridão da ignorância com a disseminação do conhecimento.
Ou:
Sendo conquistado pelo amor desses devotos que, na mais elevada posição de amor devocional não-calculativa (jñana-sunya-prema-bhakti), são afligidos pela todo devoradora escuridão nascida das dores da saudade de Mim, Seu Senhor - Eu, garanto a eles a iluminação interna de Me encontrarem e pessoalmente destruo a escuridão da agonia de sua saudade"

Glória Prístina

labdha-súddha-bhakti-bijaya
nirvinnasyanubhuta-duhkhatmaka-
kama-svarupasyapi tat tyagasamarthya-
garhana-silasya tatra
nishkapata-nishta-purvvaka-yajita-
bhakty-angasya- bhaktasya sanair
bhagavan hridayoditah san nikhilavidya
tat karryani ca vividhvamsayan-
niravacchina-nija-cinmaya-
vilasa-dhamaivavishkaroti

     Para quem recebe a semente da devoção, que é abnegado e penitente, denunciando sua inabilidade em abandonar o gozo mundano apesar de realizar que é a corporificação do sofrimento, e que sinceramente se entrega incessantemente a toda as práticas de devoção - no coração de tal devoto, o Senhor Supremo ascende como o sol nascente para aniquilar toda a ignorância e suas reações, revelando Sua divina personalidade em toda Sua glória prístina.
(Sri Prapanna Jivanamritam 9.43-46 por Srila Bhakti Rakshak Sridhar Dev-Goswami Maharaja)



GLOSSÁRIO

GLOSSÁRIO

Nota: a intenção deste Glossário, é de que as pessoas em geral, possam tirar alguma dúvida sobre os termos que encontração nos textos deste Blog. Esse Glossário foi transcrito do Srima Bhagavad-Gita – o Tesouro Oculto do Doce Asbsoluto; de Sua Divina Graça Srila B.R. Sridhar Dev-Goswami Maharaja. Traduzido em português e editado por Sripad Tapasvi Maharaja. Foi acrescentadas algumas linhas em consideração correta. Quando ouvir necessidade nesta página será acrescentados novos termos, ou significados mais elaborados a partir do final do Glossário.

Abhideya – denotação; estágios praticados como meios para se alcançar a devoção
Acharya – preceptor erudito e venerável que ensina pelo seu exemplo
Achintya-bedhabheda-tatvva – axioma da inconcebível simultaneidade da unidade na diferença, proposto exclusivamente pelo Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu, no século XV. Este axioma resume a universalidade do pensamento teísta pleno.
Adhokshaja – o Senhor Supremo situado acima das percepções dos sentidos.
Adhyatmika, adhibhautika e adhidaivika – miséria triplas: misérias psico-fisiológicas, misérias causadas por outra entidades vivas ou misérias destnadas pelos fenômenos naturais ou funções dos semideuses.
Agni – o deus do fogo
Ananya-bhakti – devoção exclusiva, não adulterada por karma, jñana, ioga, etc.
Arianos – pessoas que seguem o ideal teísta e nobre dos Vedas. O termo geralmente, refere-se erroneamente a uma raça histórica que seguiu a cultura védica.
Babaji – a ordem renunciada de adoradores solitários, superior ao sannyasa.
Bhag. - Srimad Bhagavatam
Bhagavam – aspecto pessoal do Absoluto
Bhajana – devoção interna do tipo mais elevado
Bhakti-ioga – conexão com o Senhor Supremo estabelecida pelas práticas devocionais. A mais elevada de todas as iogas.
Bhishma – filho de Santanu, que se tornou o guardião tanto dos Kurus quanto dos Pandavas. Na batalha de Kurukshetra, ele foi o grande general que comnadou o exército dos Kauravas (Kurus).
Brahma (Senhor) – semideus criador do universo e deidade que preside o modo da paixão. Em outra ocasião ele age como Acharya
Brahmachari – estudante celibatário de assuntos espirtuais . (Nota Pessoal), partindo da premissa que um brahmacari assim poderá ser para sempre, e que estudantes pode ser considerado todos os devotos em suma... Mas que também o termo estudante não o classifica estabelecido em um ashram (não estabelece o ashram de brahmacari, sendo que é um ashram); pode-se concluir também que brahmacari seria então um praticante estabelecido no celibato.
Brahmaloka – morada do Senhor Brahma, Satyaloka (ii) o plano não indiferenciado do Brahmam, acima das esfera mundana e abaixo dos planetas espirituais, onde o Senhor é servido em devoção.
Brahmam – aspecto impessoal do Absoluto: espírito.
Brahmana – a classe sacerdotal
B.r.s. - Bhakti-rasamrta-sindhu (Escritura Sagrada)
Buddhi-ioga – conexão com o Senhor por meio da inteligência purificada no processo de bhakti-ioga.
Chaitanya Charitamrita (Sri) – passatempos biográficos e ontologia de Sri Chaitanya Mahaprabhu, compilado por Srila Krishnadasa Kaviraja Goswami
Chandra – o semideus da lua
Dasya – relacionamento de servidão ao Senhor Supremo.
Deuses, semideuses – seres celestiais.
Devaki – mãe de Krishna em Mathura; nos passatempos de Krishna figura como sua mãe verdadeira.
Dhama – morada sagrada do Senhor Supremo.
Dharma – religião, dever, natureza.
Dhyana – meditação.
Draupadi – filha de Drupada e esposa dos Pandavas.
Ekadasi – dia de jejum no décimo primeiro dia depois da lua cheia e da lua nova.
Ghandharva – cantor ou músico celestial.
Gaudiya Sampradaya – sucessão divina de mestres na linha de Sri Chaitanya Mahaprabhu.
Gauranga (Sri) – o dourado Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu.
Gayatri – mantra sagrado cantado pelos brahmanas, um verso védico de métrica perfeita; que encerra e inícia o princípio da criação material; e o Conhecimento Divino mais íntimo e confidencial da Divindade no seu aspecto Bhagavam... Etc.
Goswami – asceta de sentidos controlados. 
Govinda (Sri) – o Senhor Krishna: o objetivo dos Vedas, o Senhor das vacas, da Terra e dos sentidos; pastor da vacas.
Grihasta – chefe de família
Guhya-guhyatara-guhyatama – oculto, mais oculto e muito oculto – aplicado ao Bhagavad-Gita, relaciona-se ao Brahmam, Paramatma e Bhagavan respectivamente. Sarva-Guhyatama, a mais oculta de todas as verdades ocultas, refere-se à rendição exclusiva so Senhor Krishna (18.66)
Guna – qualidade, modalidade, modo (da natureza material),corda.
Guru, gurudeva – mestre espiritual.
Hanumam – o mais devotado servidor leal do Senhor Ramachandra (em dasya-rasa)
Hiranyagarbha – o Senhor Brahma
Hladini-shakti – Srimati Radharani, a potência do êxtase divino do Senhor Supremo.
Ikshvaku – rei da dinastia solar e filho de Vaivasvata Manu.
Indra- semideus que ocoupa a posição de rei do plano celestial (dentro das fronteiras do universo mundano).
Ioga – (i)ligar, unir, conectar; (ii) caminho, curso, meio,modo; (iii) ashtanga-yoga; (iv) o caminho de conexão com a Divindadade e que consiste dos estágios: nishkama, karma-ioga, jñana-ioga, dhyana-ioga e bhakti-ioga. Geralmente, a karma-ioga é praticada pelos elevacionistas e jñana-ioga pelos liberalistas. Ambas levam à realização da alma ou à relização do Brahmam, como também o faz a prática da meditação abstrata. Em seu estágio mais elevado, com a introdução da bhakti-ioga, a dhyana-ioga leva à realização do Paramatma. Ao obeter sadhu-sanga e sukriti, o iogue chega a bhakti-ioga que é o estágio mais elevado, desde que somente por meio da bhakti-ioga, pode alcançar a Suprema Personalidade de Deus, Bhagavam, Sri Krishna. Independente de nossa posição na escada da ioga, quando o aspirante chega a bhakti-ioga, imediatamente ultrapassa todos os demais degraus da ioga (ou ainda mesmo que o caminho de bhakti, venha ser seu estágio inicial dentre os diferentes processoa de ioga – ou seja bhakti-ioga é Suprema...). Esta é conclusão perfeita do Srimad-Bhagavad-Gita, do Srimad Bhagavatam, do Sri Chaitanya Charitamrita e de todas as escrituras autorizadas pelo teísmo pleno.
Jaganatha-Puri – cidade sagradaem Orissa, nordeste da Índia, onde o Senhor Krishna é adorado em Sua forma do Senhor Jaganatha, o Senhor do Universo. Ontologicamente idêntica a Dwaraka.
Jiva Goswami (Srila) – um dos grandes apóstolos de Sri Chaitanya Mahaprabhu. Incansalvelmente provou em seus escritos a super-excelência da concepção de Krishna, segundo a autoridade das Escrituras Reveladas.
Jiva, Jivatma – a alma, o ser
Jñana – conhecimento; conhecimento do Brahman; mais especificamente conecimento da onipotente supremacia do Senhor Supremo; ainda mais especificamente: conhecimento que os devotos tem em seu realcionamento divino com o Senhor (sambhandha-jñana).
Jñana-sunya-bhakti – devoção sem cálculos, ou atração pelo Senhor e Seu serviço devido à afinidade e gosto naturais.
Jñana-ioga – método de tentar conectar-se a Divindade por meio do conhecimento. Se não for o sambhandha-jñana completo levará, levará apenas ao monismo.
Jñani – erudito.
Kali-yuga – era de querela, a era atual. A presente era de Kali teve ínicio na 28ª chatur-yuga de Vaivasvata-Manu (há cerca de 5.000 anos). A batalha de Kurukshetra deu-se nessa ocasião.
Karanarnavasayi Vishnu – Karanarnavasayi Vishnu, Maha-Vishnu. Expansão plenária do Senhor Krishna com quatro braços e de cujos poros emanam incontáveis universos.
Karma – ação mundana; boas ou más ações realizadas para o próprio prazer; ação fruitiva; dever moral; a conseuqência dos atos realizados nesta vida ou na vida passada.
Karma-kanda – seção do Vedas que externamente advoga os ritos sacrificiais e cerimoniais que levam à piedade e aos céus.
Karma-ioga – metodo de se tentar conectar com a Divindade enquanto se satisfazem os deveres mundanos, o caminho do dever.
Karmi – trabalhador fruitivo ; religiosos fruitivo; pessoa ativa
Kaunteya – Arjuna o filho de Kunti.
Kauravas – os filhos de Dritarashtra, ou qualquer descendente de Kuru.
Kevala-bhakti – ananya-bhakti
Kirtana – cantar ou narrar as glórias do Senhor.
Krishna (Sri) – o Supremo Senhor Todo-Atraente; a Realidade, o Belo; o Senhor do amor.
Krishna-katha – narrativas transcendentais a respeito de Krishna.
Kshatriya – guerreiro. 
Kshetrajña – o conhecedor da esfera da ação: (i) a alma (ii) a Superalma
Kuru – (i) local próximo a Delhi, (ii) os reis da região.
Kurukshetra – uma planície sagrada próxima a Delhi e cenário da grande guerra entre os Kauravas eos Pandavas.
Lila – passatempos divinos.
Loka – planeta; plano de vida.
Madhura (rasa) – a mais elevada forma de relacionamento divino com o Senhor; relacionamento de amante.
Madhusudana – Krishna, o destruidor do demônio Madhu.
Mahabharata – grande escritura que descreve a saga dos Kauravas e dos Pandavas, escrita por Sri Vyasadeva em dezoito parvas ou cantos.
Mantra – cântico sagrado.
Mayapura – região sagrada dentro da cidade de Navadwipa, na Bengala Ocidental, onde se localiza o local sagrado de nascimento do Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu.
Nanda Maharaja – o pai de Krishna em Vrindavana-lila
Narayana – expansão plenária e majestosa de Krishna com quatro braços, adorado com reverência e sob estrita orientação espiritual (vaidhi bhakti).
Navadwipa (Dhama) – a morada sagrada do lila de Sri Chaitanya Mahaprabhu misericordiosamente manifesta neste plano na Bengala Ocidental. (Pronuncia-se 'Navaduipa').
Nimai – nome de Sri Chaitanya Mahaprabhu, devido a ter nascido sob uma árvore nim. 
Om, Omkara – representação sonora monossílábica da Verdade Absoluta.
Pañcha, maha-yajña – os cinco tipo de sacrifícios diários realizados pelos brahmanas conforme mencionado no Manusamhita: (i) Brahma-yajña – estudo dos Vedas; (ii) Priti-yajña – oblações oferecidas aos ancestrais; (iii) Deva-yajña – oferenda de manteiga clarificada aos deuses atráves do sacrífício védico do fogo; (iv) Bhuta-yajña – oferenda de alimentaos a outros seres vivos; (v) Nr-yajña – oferecer honra aos convidados.
Pañcha-suna – cinco tipo de atividades pecaminosas cometidas num lar ao inadvetidamente matar seres por meio de: (i) cozinhar; (ii) moer (especiarias, etc); (iii) varrer (limpar); (iv) debulhar grãos e (v) lavar.
Pandavas – os filhos de Pandu: Yudhishtira, Bhima, Arjuna, Nakula e Sahadeva.
Parabrahman – o Senhor Supreno, superior ao Brahman.
Paramatma – Kshirodakasayi Vishnu, o aspecto do Senhor Supremo presente nos corações de todas as entidades vivas.
Parasurama – encarnação do Senhor Supremo que castigou os kshatriyas com Seu machado.
Patanjala – o sistema de ioga proposto por Patanjali
Prayojana – meta 
Prema – amor divino por Krishna.
Prema-bhakti – serviço devocional realizado por amor.
Prita – Kunti
Radharani (Srimati) – a Suprema Contraparte Predominada, sendo o Senhor Krishna a Suprema contraparte Predominadora.
Raga-marga – o caminho do amor divino; a devoção acima das injunções escriturais.
Rajo-guna – o modo material da paixão.
Rasa-lila – dança divina do amor, entre o Senhor Krishna e as Gopis de Vrindavana.
Rishis – grandes sábios divinos e videntes da concepão védica.
Rupa Goswami (Srila) – associado eterno de Sri Chaitanya Mahaprabhu, reconhecido na Gaudiya Sampradaya como o acharya do princípio de abhideya.
Sacidevi (Srimati) – a mãe divina do Senhor Chaitanya Mahaprabhu.
Sadhana – prática por meio da qual se pode alcançar uma meta almejada.
Sadhu-sanga – associação devocional de santos genuínos, sem a qual não se pode entrar no caminho da devoção pura.
Sakhya (rasa) – amizade divina com o Senhor.
Sanjaya – o quadrigário de Dhritarashtra.
Sankhya – conhecimento que revela a natureza da alma; as escrituras Vedanta que educam sobre a verdade essencial.
Sankirtana – canto congregacional do Santo Nome do Senhor Krishna.
Sannyasa – renúncia.
Sannyasi – renunciante
Santa (rasa) – tranquilidade divina.
Sattva-guna – modo da bondade – principal entre os modos da natureza material.
Satyaloka – o planeta do Senhor Brahma.
Shiva (Senhor) – semideus do modo da ignorância e da destruição universal.
Smaranam - lembrança devocional do Senhor.
Smriti – escritura da lei religiosa, encabeçada pelo Manu-smriti ou Manu-samhita .
Sraddha – fé devocional.
Sravanam – ouvir devocionalmente as glórias do Senhor.
Srimad Bhagavatam (Maha-purana) – grande escritura plenamente teísta – trata-se do comentário feito pelo próprio Srila Vyasadeva sobre o vedanta. 
Sruti – os Vedas.
Sudra – trabalhador.
Sukriti – mérito devocional acumulado com consciência (jñata) ou sem consciência (ajñata); pré requisito para obeter sraddha.
Syamasundara – o Senhor Krishna de características humanas encantadoras e belas e cujo corpo tem o suave matiz escuro de uma nuvem carregada de chuva.
Tamo-guna – o modo material da ignorância.
Upanishads – seção dos Vedas (considerada como sua jóia principal) que apresenta o conehcimento do Espírito Supremo; Vedanta.
Vaikuntha – planetas do mundo espiritual (transcendentais aos planetas celestiais, ao Viraja e ao Brahmaloka). Nos planetas Vaikuntha, o Senhor é adorado em Suas expansões de Narayana de quatro braços com respeito e veneração.
Vaishnava – o devoto do Senhor Supremo.
Vaisya – fazendeiro, comerciante.
Vaitarani – rio do inferno ou rio da morte. Aqueles que estão destinados a sofrer no inferno caem primeiramente neste rio.
Vanaprasta – a ordem de vida aposentada, aceita após a vida matrimonial.
Varnashrama (daiva) – sistema sócio-religioso centrado em Deus que consiste de quatro varnas (brahmana, kshatriya, vaisya e sudra) e quatro ashramas (brahmacarya, grihasthya, vanaprastha e sannyasa). Quando o sistema se perverte pelas tendências ateístas é conhecido como asura-varnashrama.
Varuna – semideus do oceano e da região ocidental. 
Vasudeva – pai do Senhor Sri Krishna quando ele aparece em Mathura.
Vasudeva – Krishna como o filho de Vasudeva.
Vatsalya (rasa) – parentesco divino com o Senhor.
Veda – (i) conhecimento (ii) as escrituras sagradas (Rig, Yajur, Sama, Atharva Vedas) que emanaram diretamente do Senhor Supremo e que ensinam religião e conehcimento sobre o Espírito Supremo.
Vedanta – a conclusão dos Vedas; os Upanishads.
Vedanta-sutra – os aforismos da filosofia Vedanta compilado por Srila Vyasadeva.
Vedavyasa – o grandioso e eterno sábio empoderado pelo Senhor Supremo para compilar os Vedas, Puranas, Mahabharata, Vedanta-Sutra, Srimad Bahgavata, etc.
Vibhuti – (i) onipotência, majestade, dignidade, poder; (ii) expansão (iii) grandes riquezas, tesouro.
Vijñana – ciência; conhecimento vivenciado; percepção divina super-excelente.
Viraja – rio da passividade logo acima da agitação material e logo abaixo do Brahman.
Vishnu – o Senhor Supremo onipenetrante – (i) as expansões plenárias de quatro braços do Senhor Krishna que presidem cada um dos inúmeros planetas Vaikuntha situados no Mundo Espiritual, acima do Brahman impessoal: (ii) Karanarnavasayi Vishnu ou Maha-Vishnu; (iii) Garbhodakasayi Vishnu, que se expande de Maha-Vishnu e entra em cada universo; (iv) Kshirodakasayi Vishnu, que se expande de Garbhodakasayi Vishnu e entra nos corações de cada ser vivo como a Superalma e mantém o universo por meio do modo da baondade.
Vraja, Vrindavana (Dhama) – a morada suprema do Senhor Sri Krishna. A morada suprema na região divina, conhecida como Goloka Vrindavana e que se situa logo acima dos planetas Vaikuntha; manifesta-se neste plano como (Gokula) Vrindavana no distrito de Mathura, no estado de Uttar Pradesh, ao norte da Índia.
Vyasadeva – Vedavyasa.
Yasoda – mãe do Senhor \Krishna em Vrindavana-lila.
Yoga-maya – a potência interna ou a doce vontade do Senhor Supremo.
Yudhishthira – o mais velho entre os Pandavas e herdeiro natural do trono; tornou-se o rei 
após a derrota dos Kauravas na batalha de Kurukshetra.
Yuga – uma era do mundo. As quatro yugas são: Krita ou Satya, Tetra, Dvapara e Kali, sendo que cada uam dura respectivemente: 1.728.000, 1.296.000, 864.000 e 432.000 anos. São ainda conhecidas como a a era de ouro, a era de prata, a era de cobre e a era de ferro, no que se refere à correspondente deteriorização moral e religiosa. As quatro yugas compõem uma chaturyuga.
Yukta-vairagya – abnegação interna ou renúncia em devoção – desapego automático do mundano, obtida pelo devoto que se ocupa no serviço a Hrishikesa, o Senhor dos sentidos de todos os seres vivos.