De Srila Govinda Maharaja


OS DOCES PASSATEMPOS DE KRISHNA 

Sarvadbhuta-chamatkara-lila-kallola-varidhih

“Krishna é como um oceano cheio de ondas de passatempos que causam assombro a todos nos três mundos”

     A primeira qualidade, savadbhuta-chamatkara-lila-kallola-varidhuih, significa que os passatempos de Krishna são extremamente doces e desfrutáveis em todos os tempos. Eles são muito superiores a qualquer  passatempo de qualquer outra forma do Senhor, incluindo o Senhor Narayana. Nenhuma outra forma do Senhor exibe passatempos tão maravilhosos como Krishna,
      Os passatempos de Krishna começam com Seu nascimento. Narayana não tem nascimento. Ele é chamado de não nascido. Qualquer um que não tenha nascimento não terá seus passatempos associados ao nascimento. Ele não terá nem pai nem mãe, como também nenhum parente, e, dessa maneira, não terá seus passatempos associados a nascimento, infância, etc.
      Krishna tem pai, mãe, irmão, irmã, e ele também tem muitos amigos, namoradas e amantes. Ele está sempre brincando com vacas e bezerros e desfrutando das furtas opulentas e do doce aroma das árvores perfumadas nas florestas de Vrindavana. Ele dá prazer ao rio Yamuna por banhar-Se em suas águas com as Vraja-gopis, e tem muitos passatempos nos diferentes kunjas (bosques) de Vrindavana. Sua vida é cheia de passatempos doces e maravilhosos. Narayana, que é o Supremo Criador Vishnu, não tem tais passatempos extraordinários.
      Quando Krishna esteve na Terra, todas as formas do Senhor, os semideuses e todos os grandes sábios ficaram maravilhados ao ouvir sobre os Seus passatempos maravilhosos. De fato, os mundos materiais e transcendentais ficaram maravilhados ao ver os passatempos de Krishna, que apareceu como o filho de Nanda Maharaja.
     Nanda Maharaja, o pai adotivo de Krishna, era o rei de uma sociedade de vaqueiros, mas não tinha um castelo, não tinha uma casa opulenta nem mesmo residência fixa. Ele se mudava de uma pastagem para outra, construindo apenas uma cabana ou vivendo em qualquer lugar que estivesse disponível, mas, a Suprema Personalidade de Deus brincava em seu quintal.

ISHTA - GURU



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Hladini é a alma de Deus. E como poderíamos imaginar Deus tendo uma alma; já que somos crentes em alcançar um corpo espiritual? Mesmo neste corpo espiritual pleno, os atributos da alma de agir, pensar e desejar continuará. Como poderíamos estabelecer algum diálogo qualquer no Mundo Espiritual se não pensássemos ou desejássemos? A ação de falar com outro, vem antes do pensar e desejar. Essa força no Mundo Espiritual se espalha a partir de um fragmento de Hladini; enquanto Deus tem essa Hladini completa em Si mesma.

Mesma a Suprema Deusa Original, é só um fragmento dessa concepção Hladini.
“Ó Arjuna saiba que o universo inteiro, como seus seres móveis e imóveis nascem apenas de um fragmento de meu esplendor”

Deveríamos parar de limitar Deus com nossas concepções Escriturais. O Veda é primeiramente negado pelo próprio Senhor, através de Seu Prakasha.
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A posição de qualquer um se perde ao abandonar o corpo, é muita sorte, no entanto; e isso só foi possível antes com Jesus Cristo, ter um Mestre que se que também se torna Ishta-guru.  Mas não para Deus. Prá Deus seu Ishta-guru é Seu próprio Ser na forma de sua ‘alma’ Hladini.

O mahanta-guru passa ser desnecessário quando se pode coletar o néctar de Suas palavras e Seu verdadeiro desapego; do certo ou errado, carne de vaca ou não carne, criminoso ou policial, ao frio ou calor. Mesmo que tudo isso cause sofrimento e dor a outros e ao próprio Mestre; Ele não mantém nenhuma identificação do que ele mesmo faz. “Jogar biscoitos nas paredes com certa ira irônica”, gritar de que “quem é o acharya aqui sou eu”, desfilar com respirador artificial fincado no nariz. Nada disso importa, e até mesmo uma frase de peso: ”Consciência de Krishna não é vegetarianismo”. Mesmo ‘alisando a cabeça dos indispostos sobre essa frase, ela ganha peso em si mesma.

Ishta-Guru é dito de modo geral; que é Deus no coração de todos, mas pra cada um ele manifesta suas potências diferentemente. Não devemos meditar no Mestre Interno visualizando um garoto azulzinho, com a mente. E  achar que estamos sentindo algo, ou sabemos o que Ele quer. Na verdade Ishta-guru se manifesta quando o seu mestre externo, a japa, a congregação, o não comer carne... Nada disso passa a ter mais importância. As pessoas de fé resoluta na inteligência entenderão quando Ishta-guru se manifestar. Ela terá a certeza, e essa certeza vem do júbilo do encontro da alma interna com seu verdadeiro Guru-Mestre.

Alguém aí já ficou feliz (e mantém essa felicidade) ou está feliz por cantar o Maha-Mantra? O dizer “cante Hare Krishna e seja feliz”, aconteceu em sua vida? Eu já vi em muitas congregações pessoas se emocionarem de verdade, mas não omitiram essa emoção, evidenciando o ego de: “ó como eu adoro Deus”. E os trejeitos de que “Deus me abençoe, Deus eu sou seu, ou sua”” Hare Krishna Hare Krishna”... Gente demonstrando soluços, e outros abrindo o peito e as palmas das mãos e “Krishna Krishna”, e um passinho pra lá e outro pra cá, com os olhos virados como santos... Ó hipócritas.

Já assisti sankirtana tão entusiasmados. Algumas pessoas rindo como se estivessem  vendo um episódio inédito de “Two half Man”. E fica te empurrando: “vai lá tomar o néctar do banho de abhisheka do Senhor, e Deus vai se manifestar, ou vai ficar muito contente com você”. E Leandro, eu em silêncio estou; ‘por dentro do olho’...”

Então a coisa é muito mais séria. Tá na hora de parar de adorar mestres antepassados, e orar a eles, orar sim; por misericórdia: ajude, intervenha por mim; se o senhor conhece meu Ishta-guru, meu verdadeiro guru,meu guru interno; que por misericórdia Ele se manifeste a mim, sem que eu me engane pelo meu próprio ego.

Você está feliz cantando Hare Krishna? Então continua

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