A criação tem uma natureza diversificada. A experiência de nossos olhos e ouvidos difere da experiência de outros, cujos sentidos são diferentes dos nossos. Podemos ouvir o que outros, não podem. Mas nossos ouvidos não podem detectar infra-sons ou ultra-sons; podem detectar apenas um espectro de um som limitado. Nossa visão também é limitada. Não podemos ver luz infravermelha ou ultravioleta. Nosso sentido do tato é sensível a um grau extremamente limitado. Então as realidades coexistem. A realidade ajusta-se conforme nossa própria experiência. Algo parece frio para mim. Esse mesmo algo é quente para outro. Dessa maneira, é "quente" ou "frio" conforme nossa experiência subjetiva. E é assim que "nossa realidade" existirá. Portanto, o que é percebido pela mente não é imaginação. É realidade. O que é imaginação para mim é realidade para outro. O nascer e o pôr do Sol podem ser percebidos simultaneamente de dois pontos de vista. Todas as experiências coexitem em toda Criação.
Pela vontade do Senhor Supremo, o que agora sente como sendo frio pode facilmente sentir como muito quente. Pela vontade dEle tudo é possível - tudo depende dela. Ele é a causa última. Se Deus assim o desejar, aquilo que você considera intoleravelmente quente, no instante seguinte, você será forçado a sentir intoleravelmente frio. Tudo depende de Sua vontade, que está vindo aqui seja numa forma modificada, numa forma geral ou em forma especial, segundo Seus caprichos. É assim que pode existir uma gradação quanto ao modo como Ele manifesta a Sua vontade. Mas, a vontade dEle é a causa primordial de tudo e se encontra acima da lei. Temos que ser conscientes disso. Só então, poderemos ser capazes de explicar qualquer coisa.